terça-feira, 25 de outubro de 2011

Por uma pedagogia dos indicadores sociais

O Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e  Estatísticas das Relações Raciais do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, convida para o primeiro Ciclo de Palestras intitulado  "Por uma pedagogia dos indicadores sociais" . O Ciclo de Palestras do Laeser iniciará com debates tendo por referência análise do   2º Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009- 2010 e o Tempo em Curso.
 
Terceiro encontro:
Data: 28 de outubro de 2011
Horário: 18h as 21h
Local: Sinpro/Rio (Rua Pedro Lessa, 35/2º andar)

Como terceiro evento, faremos  análise dos indicadores de acesso a  previdência social, tendo por referência o 2º Relatório Anual das Desigualdades Raciais no Brasil; 2009-2010 – Capítulo V  “Acesso a Previdência Social”

Tema da palestra: “Acesso a Previdência Social”
Palestrantes:
Marcelo Paixão (Professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Laeser)
Denise Lobato Gentil (Professora do Instituto de Economia da UFRJ)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Mulher e Culturas Digitais

Aconteceu no dia 18 de outubro o Encontro Baiano Mulheres e Mídias, esse ano com o tema Mulher e Culturas Digitais. O evento aconteceu no auditório da Faculdade de Comunicação(Facom/UFBA), no Campus de Ondina. Nessa ocasião foi lançado um curso para blogueiras, promovido pela Articulação em parceria com Labdebug/ Facom/UFBa e Cese. O curso objetiva formar mulheres, para o uso de ferramentas digitais.
 O encontro foi direcionado a mulheres ativistas feministas e integrantes do movimento social de mulheres da Bahia, interessadas em discutir o tema: Mulher e Culturas Digitais. Entre os objetivos do encontro estão formular proposições para estimular e garantir que os programas estaduais de fomento à produção e difusão cultural valorizem a expressão das mulheres e suas contribuições social, política, econômica e cultural.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Caixa Economica refaz o vídeo sobre Machado de Assis

O vídeo sobre Machado de Assis, realizado pela Caixa Econômica Federal, causou muita polêmica mostrando um Machado de Assis branco. A Caixa Econômica recebeu várias críticas que resultou em mudanças no vídeo que traz agora um Machado de Assis negro, aliás como deveria ser desde o início.

O fato mostra a falta de sensibilidade dos profissionais de mídia em relação as questões raciais, e como a mídia pode repassar informações que desvalorizam a memória e cultura afro-brasileira.

A Caixa Econômica Federal começou a veicular uma nova peça publicitária em que mostra Machado de Assis (1839-1908) interpretado por um ator negro.

A campanha publicitária comemorava os 150 anos da Caixa e mostrava a história do escritor, que teria sido correntista no banco.

Voce pode conferir a matéria clicando agora no 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Mulheres Negras e o Premio Nobel da Paz 2011

O movimento de mulheres negras está festejando pois entre as três ganhadoras do Prêmio Nobel da Paz 2011, duas são mulheres negras. Entres elas estão a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a militante Leymah Gbowee, também liberiana, e a jornalista e ativista iemenita Tawakkul Karman.

O anúncio foi feito nesta sexta-feira (7) em Oslo, capital da Noruega, pelo comitê que outorga o prêmio desde 1901. Thorbjoern Jagland, presidente do comitê do Nobel, argumentou que as laureadas foram "recompensadas por sua luta não violenta pela segurança das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos de paz".

"A esperança do comitê é de que o prêmio ajude a colocar um fim na opressão às mulheres que ainda ocorre em muitos países e a reconhecer o grande potencial para democracia e paz que as mulheres podem representar", disse o presidente do comitê.

"Não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo se as mulheres não obtêm as mesmas oportunidades que os homens para influir nos acontecimentos em todos os níveis da sociedade", disse Jagland.

domingo, 9 de outubro de 2011

Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra

“Mesa de negociação: Saúde da População Negra do Estado do Rio de Janeiro, com foco na Mortalidade Materna de Mulheres Negras e na Garantia dos Direitos Sexuais e Reprodutivos”.  
Realização: Criola
Pensando em abrir um canal de interlocução entre a população negra e o poder público, Criola pretende avançar nas discusssões sobre os impactos do racismo na saúde e a garantia de direitos a saúde para a população negra no dia 27 de Outubro - Dia Nacional de Mobilização Pró-Saúde da População Negra.
Para isso pretende partir de uma experiência e fato ocorrido em 2002, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro, área de grande concentração de população negra, e que foi palco de um dos casos que mostrou a desatenção e a falta de cuidado em relação a saúde da população negra, assim como a violação dos direitos reprodutivos das mulheres: o caso de Alyne Silva Pimentel.

Alyne Pimentel de 28 anos morreu  em novembro de 2002, no sexto mês de gestação, cinco dias após dar entrada em hospital público com sinais de gravidez de alto risco e  não recebeu atendimento apropriado. Esse caso provocou grande repercussão e foi levado ao Comitê CEDAW  em 2007, que propôs uma série de recomendações para o Brasil.

A proposta é a realização de uma Mesa de Negociação com a presença de gestores de saúde e da promoção da igualdade racial, parlamentares, conselheiros de saúde, representantes do Ministério Público e sociedade civil para ampliar as discussões sobre as condições de saúde da população negra e os impactos do racismo na saúde desse segmento da população.
  Objetivos: Pactuar  3 ações estratégicas para a implementação das recomendações estabelecidas pelo Comitê CEDAW, para o enfrentamento da mortalidade materna de mulheres negras, a partir do caso Alyne da Silva Pimentel Teixeira

 Público:  Gestores de saúde e da promoção da igualdade racial, parlamentares, conselheiros de saúde, representantes do Ministério Público e lideranças do movimento negro e movimento de mulheres, da região metropolitana do Rio de Janeiro (I, II e capital).

 §  Número de participantes:
    100 participantes 

   Informações pelo telefone (21) 2518-6194
  
   Foto: Google

Ponto de Cultura Criola

Ponto de Cultura: Mulheres Negras na História
Realização: Criola
Apoio: Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro
Veja aqui algumas ações realizadas pelo Ponto de Cultura Mulheres Negras na História
Participação em eventos
27 de outubro de 2010 – Dia da Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra -  Realização de grupos de conversas sobre saúde da mulher negra com foco nas contribuições culturais afro-religiosas no campo da saúde(uso de folhas, ervas e raízes)
20 de novembro de 2010 – participação do Ponto de Cultura no Cortejo Mulheres de Axé na Serra da Barriga – Alagoas
21 de fevereiro de 2011 -  Lançamento do Ponto de Cultura Mulheres Negras na História, durante a realização do I Encontro Estadual Mulheres de Axé do Rio de Janeiro, no auditório do Arcos Rio Palace Hotel.
O evento contou com uma apresentação das propostas do projeto seguido de apresentações culturais, como o esquete teatral realizado por Mãe Beata de Iemanjá, mulher negra, ialorixá e escritora do livro de histórias Caroço de Dendê.
Mãe Beata apresentou um monólogo sobre  a mulher negra brasileira, e logo depois foi a vez da cantora Tânia Machado, que nos brindou com vários sambas antigos.
Ciclo de encontros
Encontro: Mídia, Cultura e Racismo, representações sobre a mulher negra
Data: 18 de abril de 2011
Local: sede da ABPV - Centro
Adriana Batista - jornalista
Roseli Rocha – assistente social
Liv Sovik – Professora de Comunicação da ECO-UFRJ


Debate I: Pensamento das Mulheres Negras
Data: 30 de junho de 2011
Local: UERJ, auditório 13 Debatedoras:Conceição Evaristo(escritora e poeta) e Kátia Santos(escritora)

 
Debate II: Diáspora e Movimentos sob a Perspectiva Cultural
Debatedores:  Ana Flávia( jornalista) e Umberto Silva(videomaker) 
Data: 07 de julho de 2011
Local: Uerj, auditório 13

Biblioteca Gésia de Oliveira
A Biblioteca Gésia de Oliveira encontra-se em fase de reestruturação, mas está aberta para o público em geral. Atualmente está organizada por seções de livros, revistas, dissertações, teses, cartazes, folders, entre outros materiais, facilitando o acesso das pessoas  as publicações. Possui também um acervo de vídeo e fotos.
O acervo da Biblioteca já vem sendo acessado por estudantes de escolas públicas, pesquisadores, universitários e por várias organizações. Criola vem colocando parte desse acervo no site democratizando dessa forma o acesso as informações.
O acervo pode ser consultado, e para isso entre em contato com a Criola no 2518-6194.

PUC-RJ realiza seminário sobre o Ano Internacional dos Afrodescendentes

Vai acontecer nos dias 08 e 09 de novembro, o Seminário de Reflexão e Memória da Cultura Afrobrasileira, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
O tema deste ano será “O Ano Internacional dos Afrodescendentes e a Resistência Política dos Negros no Brasil de Zumbi dos Palmares a Abdias Nascimento”.



Maiores informações através do endereço:http://seminarioafro2011pucrio.blogspot.com/

As inscrições serão gratuitas!
Inscrição de Ouvintes: até 30/10/11




Programação Preliminar do Seminário:

Data – 08/11/2011 (terça feira)

9h00m - Abertura do Evento: Representante da Reitoria (PUC-Rio);
Representante do Decanato do CCS; Diretor do Departamento de Direito;
Diretora do Departamento de Serviço Social; Representante do NIREMA

9h30m - Conferência Inaugural

11h00m - Mesa 01: O Direito e as Políticas Públicas de Combate ao
Racismo no Brasil

13h00m - Atividade Cultural: Jongo

15h00m às 19h00m – Grupos de Trabalho
GT 1: Políticas Públicas e a Questão Racial
GT 2: Educação das relações étnico-raciais: a lei 10.639/2003
GT 3: Racismo Institucional e Sistemas de Justiça

19h00m - Mesa 02: As Ações Afirmativas e a População Negra no Brasil

20h30m: Atividade cultural: Leitura de fragmentos da Peça Sortilégio
(1951), de Abdias Nascimento.

Data - 09/11/2011 (quarta feira)

9h00m - Mesa 03: Territórios e Territorialidades Negras

10h30m Atividade Cultural: CIA de Dança

11h00m -  Mesa 04: Gênero, Raça e Sexualidade

12h30m Atividade Cultural: Grupo de Teatro de Mulheres Negras

15h00m às 19h00m – Grupos de Trabalho
GT 4: Patrimônio, Territórios e Memória Afrobrasileira: processos
identitários na contemporaneidade
GT 5: Gênero, Raça e Sexualidade
GT 6: Religiosidade Afrobrasileira e Intolerância Religiosa
GT 7: Racismo, Multiculturalismo e Reconhecimento

19h00m Mesa 05: Religiosidade Afrobrasileira e Liberdade Religiosa

20h30m: Encerramento: Lançamento da Cartilha de Legalização das casas
religiosas de matriz africana

21h00m Atividade Cultural: Roda de samba da Pedra do Sal

Atividades Permanentes:
Oficinas de Tranças
Culinária Afrobrasileira
Exposição de Produtos de Economia Solidária

Realização:
PUC-Rio
Foto: google

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Violência e População Negra


No dia 07 de outubro de 2011, de 14 as 18hs, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada-IPEA realiza o Ciclo de Debates: Violência e População Negra. O evento vai acontecer em Brasília na sede do IPEA no SBS Quadra 1 Bloco J, Edifício BNDES-IPEA, auditório do 16 andar.

Informações pelo   eventos@ipea.gov.br ou por fone no (61) 3315-5108

domingo, 2 de outubro de 2011

Lançamento do livro autobiofráfico de Jurema Batista

"Sem passar pela vida em branco" de Miria Ribeiro e Jurema Batista

Quando: 21 de outubro de 2011
Horário: 18:30h
Local: Museu da República - Rua do Catete 153 - Catete -  Rio de Janeiro

A cada dez brasileiros, um é analfabeto. A desigualdade continua.

Pochmann: Pobres que trabalham e estudam têm jornada maior que operários do século XIX
por Fernando César Oliveira, site da UFPR, sugestão de Luana Tolentino
O economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), classificou ontem à noite em Curitiba como “heróis” os brasileiros de famílias pobres capazes de conciliar o trabalho com o estudo.
“No Brasil, dificilmente um filho de rico começa a trabalhar antes de terminar a graduação ou, em alguns casos, até mesmo a pós-graduação”, observou Pochmann.

“Os brasileiros pobres que estudam e trabalham são verdadeiros heróis. Submetem-se a uma jornada de até 16 horas diárias, oito de trabalho, quatro de estudo e outras quatro de deslocamento. Isso é mais do que os operários no século XIX.”

O presidente do Ipea foi um dos palestrantes na abertura da terceira edição do Seminário Sociologia & Política, ao lado da professora Celi Scalon (UFRJ), no Teatro da Reitoria da UFPR. “Repensando Desigualdades em Novos Contextos” é o tema geral do seminário. Promovido pelos programas de pós-graduação em Sociologia e em Ciência Política da instituição, o evento termina nesta quarta-feira (28).

Pochmann lembrou que o Brasil levou cem anos, desde a proclamação da República, em 1889, para universalizar o acesso das crianças e adolescentes ao ensino fundamental. “Mas esse acesso foi condicionado ao não crescimento dos recursos da educação, que permaneceram em torno de 4,1% ou 4,3% do PIB. Sem ampliar os recursos, aumentamos as vagas com a queda da qualidade do ensino.”

Essa universalização do ensino fundamental, no entanto, não significa que 100% dos brasileiros em idade escolar estejam estudando. Segundo dados apresentados pelo dirigente do Ipea, ainda existem 400 mil brasileiros com até 14 anos fora da escola. Se essa faixa etária for estendida para 16 anos, a cifra salta para 3,8 milhões de pessoas.

“A cada dez brasileiros, um é analfabeto. E ainda temos cerca de 45% analfabetos funcionais. É muito difícil fazer valer a democracia com esse cenário.”

Em sua fala, Marcio Pochmann também abordou temas como a redução da taxa de fecundidade das mulheres brasileiras, o crescimento da população idosa, o monopólio das corporações privadas transnacionais e a concentração da propriedade da terra.

“O Brasil não fez uma reforma agrária, não democratizou o acesso à terra. Temos uma estrutura fundiária mais concentrada do que em 1920, com o agravante de que parte dela está nas mãos de estrangeiros”, afirmou o economista. “De um lado, 40 mil proprietários rurais são donos de 50% da terra agriculturável do país, e elegem de 100 a 120 deputados federais. De outro, 14 milhões trabalhadores rurais, os agricultores familiares, elegem apenas de seis a dez deputados.”

Para Marcio Pochmann, a desigualdade é um produto do subdesenvolvimento. “Não que os países desenvolvidos não tenham desigualdade, mas não de forma tão escandalosa.”

Foto: Google